terça-feira, 4 de agosto de 2009

:: Debate sobre reflorestamento movimenta Câmara Municipal ::
















O plenário da Câmara Municipal de Itararé foi palco, na última quinta-feira, dia 30, da discussão pública sobre a Lei Municipal n° 3.188/09, que trata da regularização do reflorestamento em Itararé.

Desde que foi criada, em junho deste ano, esta lei vem gerando polêmica entre as empresas do setor florestal em nossa cidade. “Esses eventos são essenciais para que sejam esclarecidos e debatidos pontos pendentes. São de grande valia não só sob o ponto de vista político ou empresarial, mas também para toda população de nossa cidade”, salientou o vereador e idealizador da Lei, Willer da Costa Mendes (PT).

O início dos trabalhos se deu com a composição das bancadas interessadas no assunto. Compondo o setor florestal estavam o engenheiro florestal e representante do Vale do Corisco, Edson Balloni, e os representantes da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), Maria José Brito Zakia, do Consórcio Paulista de Papel e Celulose (Conpacel), Rogério Salamuni, e da Suzano Papel e Celulose, Sara Juarez Salles. Gilson Amaro, representante do deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), Marco Antonio Augusto Pimentel, da CUT e da Federação da Agricultura Familiar de São Paulo, e Wellington Diniz Monteiro, da secretaria Agrária do Partido dos Trabalhadores estadual, também compuseram a mesa. Para apresentar e explicar a lei, o vereador Willer da Costa Mendes.

Após a apresentação dos pontos relevantes de cada parte, o espaço foi aberto para perguntas entre as bancadas e a platéia presente. “Esse debate foi importante porque fez valer a democracia, onde foram expostas dúvidas sobre o tema e tentamos esclarecer pontos da lei. Além disso, questionamos o porquê de sermos o quintal de reflorestamento, enquanto há cidades da região lucrando com isso”, enfatizou Willer, que se mostrou preocupado com o fato de Itararé não render lucros e gerar empregos, a exemplo de cidades como Jaguariaíva, que possui indústrias madeireiras e emprega boa parte da sua população. “É triste servirmos apenas de área de cultivo”, finalizou o vereador.

Estiveram presentes na ocasião o presidente da Câmara Municipal, Rubens Vieira Prestes, o secretário municipal de agricultura, Castelar Pimentel Junior, e o prefeito de Jaguariaíva, Otélio Renato Baroni. O evento teve como mediador o jornalista Hélio Porto.


Camila Alcântara Souza
Assessora de Imprensa

2 comentários:

  1. Quem disse que Eucalipto é reflorestamento? É apenas uma atividade econômica de monocultura, que hipocrisia destas empresas!!! Espero que a lei não somente regulamente, como também proiba esta agressão ao meio ambiente.

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  2. Vou citar um texto para reflexão

    "O Dossiê Deserto Verde - O latifúndio do eucalipto, de autoria de Frei Pilato Pereira, articulista do Correio do Brasil, denuncia as conseqüências para o meio ambiente, para o direito à terra, econômicas, sociais, culturais e políticas do monocultivo de árvores para a produção de papel e celulose na metade sul do Estado do Rio Grande do Sul. Pereira apresenta no documento um conjunto de informações sobre as empresas, potenciais problemas ambientais e algumas idéias básicas de possíveis medidas compensatórias para a agricultura familiar, envolvida nas cadeias tradicionais da região."


    A principais críticas a esses grandes projetos, além dos problemas ambientais já citados, são: concentração da terra, com expulsão imediata dos agricultores que as venderam; é mais um obstáculo para o avanço da Reforma Agrária nesta região; modelo de concentração de terra, de capital e da renda; modelo exportador, cujos impostos já estão todos desonerados pela Lei Kandir, contribuindo muito pouco para os cofres públicos dos municípios e do Estado; e não gera emprego, pelo contrario diminui postos de trabalho.

    "Esses projetos também geram vazios populacionais, como no Espírito Santo; o plantio de culturas anuais em consórcio, com o eucalipto, apregoado pelas empresas, só é possível nos dois primeiros anos, pois nos anos subseqüentes a competição por luz, água e nutrientes, inviabiliza as culturas anuais; e os investimentos nas grandes fábricas de celulose estão desvinculados da matriz produtiva já existente, instalada na região."
    (fonte Adital - Noticias da América Latina e Caribe) http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp?lang=PT&cod=21571


    Chega de agronegocio e monocultura precisamos de agricultura familiar organica e sustentavel em Itarare.

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